sábado, 26 de dezembro de 2009

Ponto de Cultura Seu Duchim através do projeto Manuelzinho-da-Crôa é premiado como "Ponto de Valor"

Prêmio Pontos de Valor





A Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgaram o resultado do Prêmio Pontos de Valor. A Portaria nº 46 foi publicada no Diário Oficial da União (Seção 1, páginas 11 e 12) desta terça-feira, 1º de dezembro.



Foram selecionados 50 Pontos de Cultura de todo o país que irão receber R$ 10 mil cada um por apresentarem suas melhores práticas com foco na “formação e promoção de valores de vida”. No total, o investimento alcança R$ 500 mil.

A SCC/MinC e o PNUD querem contribuir para a compreensão das formas pelas quais os valores são transmitidos em diferentes meios e linguagens artísticas, inclusive a digital, com incentivo de uma política pública, subsidiando com isso a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional (RDH) 2009/2010.(http://www.cultura.gov.br/site/2009/12/01/premio-pontos-de-valor/ ).

Maiores informações: www.cultura.gov.br/premio-pontos-de-valor

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ponto de Cultura "Seu Duchim: Espaço Geral de Folias Artevideomusicais

Ponto de Cultura "Seu Duchim: Espaço Geral de folias artevideomusicais"
Este projeto baseia-se na realização periódica de oficinas que têm como conteúdo principal expressões diversas da cultura sertaneja do Norte de Minas Gerais. Sendo nossa região um lugar onde vigora uma multiplicidade de saberes e fazeres tradicionais, associados a uma paisagem natural com a qual seus moradores interagem organicamente, acreditamos que um Ponto de Cultura seja fundamental na valorização e transmissão de modos de vida que têm veredas, brejos e gerais como fonte de inspiração para seus ofícios, artes e conhecimentos.
Decidimos chamar nosso Ponto de Cultura de “Seu Duchim Espaço Geral de Folias Artevideomusicais” por diversas razões que se compõem. Espaço porque sugere um lugar que se desloca, se movimenta, e que, além de uma estrutura física, é um território de vontades e interesses que convergem para fazer algo acontecer. Geral porque une a característica geográfica da região – os campos gerais das tantas histórias de vaqueiros – com a proposta de promover a difusão ampla e irrestrita de cultura. Folias porque tanto remete à manifestação típica das comunidades rurais que reúne, em torno de um santo ao qual se paga promessa, um grupo que toca, canta, dança, improvisa, faz visitas, come e bebe; quanto a um estado de alegria próprio daqueles que fazem o que gostam. Artevideomusicais porque explorará, de forma integrada, estes vários tipos de linguagem.
O principal objetivo que o Seu Duchim pretende alcançar é o estabelecimento de um espaço de articulação, criação e difusão das expressões culturais de inigualável riqueza histórica da nossa região. Por meio de oficinas que exploram as linguagens diversas de nosso repertório artístico e intelectual, buscaremos consolidar um lugar de troca entre jovens e velhos, homens e mulheres, cidade e roça, pautado não em uma transmissão passiva, mas num aprendizado crítico e criativo onde diferentes perspectivas estejam sempre a se mesclar. Enfim, um espaço geral cujo motor seja o entusiasmo da comunidade ampla em garantir, por meio de folias audiovideomusicais, a valorização e sustentabilidade do patrimônio cultural do Grande Sertão.
Ações do Ponto de Cultura:
1. Oficinas de dança e música, que contemplam os módulos (1) “Danças Tradicionais-Contemporâneas”, (2) “Manelzinho-da-Crôa canta o Grande Sertão”, e (3) “Orquestra de Caixas: sons e histórias na arte de fazer e tocar tambores”. Estas Oficinas visam explorar as músicas, danças e instrumentos do Grande Sertão, valorizando e resgatando o rico repertório regional de cantos de folia, cantigas de trabalho, versos de catira, danças de roda, de São Gonçalo, lundu, dentre outros. Através da transmissão desses saberes a novos aprendizes e da troca de influências entre mestres e alunos, buscaremos atingir um resultado artístico que testemunhe o encontro de experiências diversas no qual todos se sintam parte atuante do processo criativo. Além disso, as três Oficinas trabalharão em diálogo, de forma a promover a convergência de diferentes expressões artísticas em torno de temas comuns.
2. Oficina “Educando o Olhar: práticas audiovisuais”. O “Educando o Olhar” pretende consolidar um coletivo de realizadores que se expresse na sociedade local pela criação audiovisual. As oficinas compreenderão um público de 12 adolescentes que, durante 2 anos, terão atividades mensais com professores convidados para abordarem temas como: História e linguagem do cinema, Roteiro, Direção,Câmera, diversos dentro do audiovisual.
3. Ciclo de “Oficinas Itinerantes”, que contemplam os módulos (1) “Fazedeiras de Esteiras e a Arte dos Plásticos”, e (2) “CineRoça”. As “Oficinas Itinerantes” visam levar o Ponto de Cultura para além do espaço urbano, pois acreditamos que este deslocamento é fundamental na valorização das comunidades cujos saberes e fazeres são o ingrediente primordial de nosso projeto.
4. Impulsionar a transmissão e registro da história oral da região através das atividades transversais “ContAções de Griôs” e “Centro de Memória Viva: Patrimônio Imaterial do Grande Sertão”. Estas ações objetivam apoiar a tradição da história oral associada aos fazeres musicais e artísticos sertanejos, com a preocupação de registrá-la de forma documental e visual. Conforme já exposto, as “ContAções de Griôs” permearão as oficinas de dança, canto coral e orquestra de caixas. Com esta iniciativa, os griôs integrarão seus conhecimentos locais aos conteúdos programáticos das aulas, bem como, por circularem em diferentes oficinas, serão agentes de diálogo.
5. Impulsionar o “Ponto na Rua”, com a (1) “Cultura na Rua” e o (2) “Cinema na Cozinha”. O “Ponto na Rua” pretende movimentar a cidade com música, dança, arte e cinema, a fim de que a comunidade mais ampla também se aproprie e se sinta parte do que é desenvolvido no Ponto.
Realização: Instituto Rosa e Sertão
Parceiro: Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais
Parceiros locais:
E.E.Moacir Cândido, E.M.Santo Agostinho, Fundação Pró-Natureza -FUNATURA, Cooperativa Sertão Veredas, ADISC, Prefeitura Municipal de Chapada Gaúcha, Biblioteca Municipal de Chapada Gaúcha, Biotrópicos, Instituto Chico Mendes - PARNA Grande Sertão Veredas.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Encontro de Arte, Cultura e Leitura através da Arca das Letras - Comunidade Pequi

Biblioteca rural da Comunidade Pequi - Meninos e meninas da comunidade.
Esta biblioteca começou com o programa Arca das Letras e contava com 200 livros. Hoje através de doações conta com mais de 2.500 livros.
O Arca das Letras foi criado em 2003 pela SRA para incentivar a leitura no meio rural, reunindo esforços de parceiros governamentais e não-governamentais. Instalada na casa de um morador ou na sede de uma associação rural, cada biblioteca tem cerca de 200 livros. As comunidades escolhem os assuntos que formam os acervos, o local onde a biblioteca é instalada e indicam os moradores que serão capacitados como agentes de leitura. Os livros são organizados em caixas-estantes fabricadas por sentenciados das penitenciárias de Petrolina (PE), Mossoró (RN), Fortaleza (CE), Vila Velha (ES) e do Centro de Profissionalização Integrado do Piauí. Os acervos contêm livros nas áreas de literatura infantil, para jovens e adulto, de saúde, agricultura, meio ambiente e livros didáticos para pesquisa escolar. O MDA conta também com o apoio do Banco do Brasil/Projeto BB Fome Zero/CCBB, do Ministério da Justiça/Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Cultura, das prefeituras, dos governos estaduais e dos movimentos sociais de trabalhadores rurais. (http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/134/codInterno/14139).
O Encontro de Arte, Cultura e Leitura foi realizado pelo Instituto Rosa e Sertão e Associação Mãe Ana ( Pequi - Chapada Gaúcha), em parceria com o MDA, MME-FURNAS/Programa Luz Para Todos, Prefeitura Municipal de Chapada Gaúcha e FUNATURA.
Ofereceu um espaço para discussões de cunho ambiental e cultural e sobre a experiência dos agentes e leitores das bibliotecas rurais a partir da biblioteca rural Arca das Letras. A comunidade Pequi é localizada no entorno da Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acari e do Parque Estadual de Serra das Araras a 80 km da sede do município de Chapada Gaúcha/MG. É habitada por 210 famílias e com uma diversidade cultural conhecida na região, em especial, pelo o grupo de Bordadeiras, pela beleza cênica e por sua biblioteca rural.
O Encontro teve como objetivo troca de experiência entre os agentes de leitura e o estímulo a leitura. Contamos com a apresentação dos parceiros do programa no munícipio e com a oficina de Arte-educação. Este encontro mostrou que o Sertão é poesia e leitura.
Estamos nos preparando para o II Encontro que contará com os representantes das 6 comunidades participantes do programa Arca das Letras, música e folia. Aguardem!
Fotos: Arcanjo Daniel -Funatura
Damiana Campos- Rosa e Sertão

Nosso Manuelzinho-da-Crôa

Oficina com os Manuelzinhos-da-Crôa durante o VIII Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas.

Foto: Manuelzinho-da-Crôa
Foto: Antônia e Camis -Oficina de Arte-educação Foto: Daia e os manuelzinhos-da-Crôa
“(...) Eu olhava e me sossegava. O sol dava dentro do rio, as ilhas estando claras. –‘É aquele lá: Lindo!’ Era o manuelzinho-da-crôa, sempre em casal, indo por cima da areia lisa, eles altas perninhas vermelhas, esteiadas muito atrás traserias, desempinadinhos, peitudos (...) Mochozinho e fêmea – as vezes davam beijos de biquinquim (...) ‘É preciso olhar para esses com um todo carinho’” (Grande Sertão: Veredas. Guimarães Rosa 2007:143)
Ser criança é mais do que poder brincar a luz do sol. É riscar no chão vermelho e direcionar-se ao mundo azul. Ser Manuelzinho-da-Crôa é poder cantar, dançar e batucar ao som de uma folia.
Tudo começou numa brincadeira de ser palhaço,éramos três e hoje somos quinze.Quem um dia não me viu chorar ao declarar o meu amor pelo Manuelzinho-da-Crôa? Poucos.
Através do contar histórias, cantar canções de nino ou de batuque estas crianças nos preenche de alegria. Pois sabemos que o passarinho mais bonito e gentil está semeando em nosso lugar a esperança de estarmos em um mundo melhor.
Nossa ações são propostas acreditando no Cerrado em pé e eternizado nas pinturas de rosto feitas pelas Arte-educadoras. A toada escolhida é de nossa violeira e regida pela nossa professora e antropóloga. O registro e a nossa história através das cameras é feito pela nossa jornalista antropóloga. E onde tem criança tem quitutes e balas, sempre servidos pelas mulheres queridas do Rosa. E para finalizar os homens do Rosa não poderiam faltar, com sua força e paciência estão todos os dias a oberservar a grandeza que se transforma a cada passo que dedicamos a acreditar neste pedacinho de céu que é o nosso lugar.
Com esta rima simples apresento mais uma vez o nosso Manuelzinho-da-Crôa.
Oficinas: Todas as segundas-feira e terças-feira na Escola Municipal Santo Agostinho.

terça-feira, 30 de junho de 2009

VIII ENCONTRO DOS POVOS DO GRANDE SERTÃO VEREDAS

VIII ENCONTRO DOS POVOS DO GRANDE SERTÃO VEREDAS “PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO VEREDAS (1989 – 2009) - 20 ANOS VALORIZANDO O PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL DO SERTÃO” Chapada Gaúcha – Minas Gerais 09 a 12 de julho de 2009 PROGRAMAÇÃO
09 de julho (quinta-feira)
8:30 Credenciamento dos participantes
14:00 Abertura da Feira de Artesanato local e regional
14 às 17:00 (Local: Tenda) Mesa Redonda: "Patrimônio imaterial e natural: ações e histórias de vida do sertanejo." - Moderadores: Secretaria de Cultura e Instituto Rosa e Sertão
14 às 17:00 - Oficinas
17 às 20:00 (Palco 1) Apresentação de grupos tradicionais e Contadores de história
20:00 (Palco 1) Abertura Oficial
20:30 às 23:00 (Palco 1) Apresentação de grupos tradicionais
A partir das 23:30 (Palco 1) Shows artísticos
10 de julho (sexta-feira):
8:30 às 12 - Oficinas
14 às 17:00- (Local: Tenda) 20 Anos do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, “Turismo regional Sustentável”.(Presença confirmada do Presidente do Instituto Chico Mendes – ICMBIO Dr. Rômulo Mello e do Ministro do Meio Ambiente a confirmar). - Moderadores: FUNATURA, Instituto Chico Mendes e SEMAT
14:00 Feira de Artesanato local e regional
17 às 23:00 (Palco 1) Apresentação de grupos tradicionais
20:00 horas: Inauguração do Banco Popular do Brasil Chapadense.
A partir das 23:30 (Palco 1) Shows artísticos 11 de julho (sábado)
8:30 às 12:30 (Local: Tenda) Mesa Redonda Mesa Redonda “Uso Sustentável de Produtos do Cerrado e geração de renda – Ações e Projetos”. - Moderadores: Cooperativa Sertão Veredas e Instituto Rosa e Sertão
14:00 Feira de Artesanato local e regional
14 às 17:00(Local: Tenda) Oficinas
(Palco 2) Apresentações culturais
17 às 22:00 (Palco 1) Apresentação de grupos tradicionais
A partir das 22:00 Shows artísticos: Caravana Saulo Laranjeira
12 de julho de 2009 ( Domingo)

09:00h - Apresentações culturais

12:00h - Encerramento

terça-feira, 19 de maio de 2009

Manuelzinho-da-Crôa

O projeto Manuelzinho-da-Crôa, com o propósito de promover a cultura popular e visando conectar saberes diversos relacionados ao desenvolvimento sustentável, tem como objetivo principal buscar a formação humanitária de crianças e jovens da Rede Municipal de Ensino, através de Oficinas de Artesanato, Música e Capoeira, que fomentem a formação do Coral Municipal, a sustentabilidade do artesanato local, e a revitalização dos grupos de Capoeira e Contadores de Estórias. Manuelzinho-da-Crôa é um pássaro descrito no romance de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, como o mais gentil e bonito de todos, destacando-se sua leveza, destreza e beleza através dos ensinamentos de Reinaldo Diadorim para Riobaldo Tatarana, personagens do livro. As crianças envolvidas no projeto ficaram conhecidas como “os manuelzinhos-da-crôa”, uma maneira de atribuir-lhes a beleza e ternura que encantaram, na obra literária, encantaram Riobaldo: “(...) Eu olhava e me sossegava. O sol dava dentro do rio, as ilhas estando claras. –‘É aquele lá: Lindo!’ Era o manuelzinho-da-crôa, sempre em casal, indo por cima da areia lisa, eles altas perninhas vermelhas, esteiadas muito atrás traserias, desempinadinhos, peitudos (...) Mochozinho e fêmea – as vezes davam beijos de biquinquim (...) ‘É preciso olhar para esses com um todo carinho’” (Grande Sertão: Veredas. Guimarães Rosa 2007:143) Como todo pássaro, o manuelzinho é também um semeador. Assim, a união de força e delicadeza exposta no trecho acima forneceu a matéria-prima para a elaboração deste projeto, que, através das oficinas citadas e durante quatro meses de realização (abril a agosto de 2008) com financiamento da Prefeitura Municipal de Chapada Gaúcha, trouxeram para o município a visibilidade dos artistas locais; a formação de agentes culturais para a continuidade da proposta e a transformação de crianças, os manuelzinhos-da-crôa, em multiplicadores dos valores associados à cultura tradicional e à preservação ambiental. Um ponto-chave deste projeto é a inter-relação das oficinas, cujo desenvolvimento foi apresentado em uma programação cultural prévia à entrega do produto final apresentado no VII Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas. Nessas ocasiões, os oficineiros, juntamente com a coordenação pedagógica do projeto, dispuseram-se a organizar os seguintes encontros extra-oficinas: apresentação do Coral na E.E.Moacir Cândido; Rua da Cultura (realizado na sede do Instituto Rosa e Sertão e na praça Euzébio Gobbi); e Sarau Poético.
Estamos em busca de novas parcerias. .

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vista Panorâmica da Serra da Comunidade Buraquinhos.

Esta comunidade é localizada no corredor Ecológico Vão dos Buracos que liga Parque Nacional Grande Sertão Veredas ao Parque Estadual Serra das Araras.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Viagem ao Vão dos Buracos

Serra dos Buraquinhos - Turma do Rosa: Vitória, Daiana, Ednalva, Bergues, Ambrosina e Damiana.
Paredão dos Buracos
Descida do Buracos
Vão dos Buracos.

Moradores da Comunidade Buracos

Reunião para realização do DRP - Diágnóstico Rápido Participativo - Apoio da Cooperativa Sertão Veredas, E.M.Santa Terezinha e E.M.São João.

Projeto "Sertão dá Flor"

O projeto “Sertão dá flor”, inicializado em fevereiro de 2009, tem como objetivo criar uma rede feminina de troca de saberes sobre os usos e valores nutricionais dos frutos do cerrado e produtos da agricultura familiar com as comunidades de Buracos e Buraquinhos, localizadas no município de Chapada Gaúcha, norte de Minas Gerais. Estas comunidades fazem parte de um corredor ecológico chamado Vão dos Buracos, um cânion rico em veredas e cabeceiras de rios, que liga o Parque Nacional Grande Sertão Veredas ao Parque Estadual Serra das Araras. O Sertão dá Flor é realizado pelo Instituto Cultural e Ambiental Rosa e Sertão, ONG situada em Chapada Gaúcha que vem ao longo de dois anos realizando trabalhos voltados a Cultura e Meio Ambiente. Este projeto é realizado em parceiria com ISPN – Instituto Sociedade e População através do PPP-ECOS – Programa de Pequenos Projetos Ecossociais financiado pelo PNUD, GEF, União Européia, Florelos. Tem como ponto de partida o próprio modo de vida local, através da valorização do cerrado em pé por meio de ações protagonizadas por mulheres. Estas ações baseiam-se: na realização de oficinas de troca de experiências e conhecimentos culinários e de manejo a respeito de frutos nativos e produtos da agricultura familiar; e na organização de celebrações no término de cada módulo, a fim de que os conhecimentos sejam formalizados e festejados, e a integração entre as comunidades seja fortalecida. Como as ações de desenvolvimento sustentável na região são geralmente voltadas para atividades relacionadas ao universo masculino, empoderar as mulheres para o processo de preservação ambiental e cultural é fundamental no sentido de ampliar a sensibilização local de toda a comunidade a respeito das potencialidades do cerrado em pé. Assim, o “Sertão dá Flor” estimulará a (auto) valorização do papel social feminino para a manutenção e transmissão do conhecimento tradicional culinário, o que, por sua vez, impulsionará seu protagonismo em práticas sustentáveis de uso do cerrado. As oficinas serão ministradas por oficineiros locais ao longo do ano de 2009. Estas atividades serão divididas em quatro módulos: 1ª Frutos do Cerrado, 2º Boas práticas de manejo do solo, 3º Plantas Medicinais e 4º Celebrações – Festa do Buriti e Festa do Pequi. Todos os módulos estão sendo realizado na própria comunidade e as mulheres participantes trazem seus filhos para participar também do processo, tendo acompanhamento de Arte-educadoras, que realizam o trabalho de Educação Ambiental e Educação Patrimonial. Esta ação conta com apoio da Secretaria de Educação e Cultura do município juntamente com a Escola Municipal Santa Terezinha, Escola Municipal São João, Cooperativa Sertão Veredas e FUNATURA.