quarta-feira, 14 de março de 2018

Diadorina, meu amor: licença senhor e senhora dona da casa.

Fotografia: Diego Zanotti 


Diadorina, meu amor

Diadorina nasce do berço do Ponto de Cultura Seu Duchim, Chapada Gaúcha - MG, sertão nortemineiro,  berço da Cultura Popular. Entre os vãos e suas comunidades que cismam cortar as chapadas ainda de monocultivos, rememoramos encontros do Grande Sertão: Veredas.

A partir de pesquisas e fruição junto aos alunos e alunas do ponto, nos permitimos a cantar e contar histórias de vida deste lugar. É um grupo de pesquisa e música que elegeu o movimento enquanto caminho. Busca na palavra da mulher sertaneja sua travessia.

Diadorina nos conta histórias sobre as noites de Reis.
Sua pronuncia é clara feito a lua.
A viola, o tambor e pandeiro são instrumentos de sua companhia, pois Diadorina não anda sozinha.
Falamos de amor, sonho, viagem, tropa, morte.

Cantamos Elomar, sertanejo catingueiro. Tocamos rabeca de Bastião, neto de Seu Etim. Versos de Dona Maria, Jove, Lili, Lourença.
Brincamos com o moço bonito, antes e depois de Diadorim.
Da Nega mais linda da beira do Carinhanha a Geralda, mulher de fé e bom coração.

Permitimos conhecer o Sertão a partir da saia da mulher, pois não há forma de maior conhecimento. Quer saber como se vive aqui, permita-se entrar debaixo da saia da rainha do mundo.


Desde pequena, a menina moça sabia como andar de dia e voar à noite.

Festa.
Tradição.
Comida.
Devoção.
Amor.


















Nós:
Bruno Andrade: viola e violão
Daiana Campos: voz, violão e tambor.
Damiana Campos: voz e poesia
Diana Campos: tambor, zabumba e voz
Fabiana Lima: voz, tambor, pandeiro
Lucas Emanuel: dança e patangome